Nascido a 7 de fevereiro de 1981, Everton Fabrício Calado é o filho mais novo da conhecida professora Elda Brito Calado, e irmão do bibliotecário Elton Fabrício Calado. Hoje, também professor e psicólogo, casado e pai de dois filhos, Everton é membro da Academia de Cultura de Colônia Leopoldina (ACCL), pela qual se apresenta uma breve biografia nas linhas abaixo.
Desde criança, Everton buscou, ainda que intuitivamente, fazer jus ao respeitado e querido nome de sua mãe, “tia Elda”, educadora e guerreira. Costuma dizer que, das “aulas de amor e de vida” que recebeu no dia-a-dia do lar, extraiu sua maior aprendizagem. A carismática professora, durante 30 anos em sala de aula nas principais escolas da cidade, marcou gerações com seu ensino extrovertido, com os próprios filhos entre seus inúmeros alunos.
Alfabetizado na Escola Municipal Joaquim Luiz da Silva, Everton fez a primeira série – assim chamada à época – na saudosa Escolinha Santa Terezinha do Menino Jesus, da professora Edite Lamenha. Essa era sua “tia Edite”. De volta à escola municipal, terminou ali seu primário, de onde seguiu para o Grupo Escolar Aristheu de Andrade, do estado, para cursar da quinta à oitava série. Com fama de “menino inteligente”, enfrentou o desafio de fazer o Curso de Aprofundamento Geral ou simplesmente o “científico” (hoje Ensino Médio) no conceituado Colégio Cenecista Prof. Ivon Ferreira Lins, em Palmares, Pernambuco, de 1995 a 1997. Após isso, enquanto tentava ingressar na faculdade em condições bem difíceis daquele momento, estudou inglês na mesma Palmares por dois anos, mas não completou a proficiência. Teve sua primeira experiência como professor já aos 18 anos, numa breve passagem pelo Colégio Cenecista Padre Francisco, onde sua mãe havia lecionado por décadas. Ao fim dos anos 90, Everton, em meio a uma animada geração de amigos, teve sua adolescência marcada por uma ativa participação nos movimentos da Igreja Católica, que incluía desde seu envolvimento dentro da Renovação Carismática Católica até uma rica amizade com os monges da Fraternidade do Discípulo Amado, da exuberante Serra da Catita, mas, sobretudo, com o grupo jovem. Em todo esse contexto, vivenciou uma nova paixão: a música. Fez parte de duas bandas católicas entre 1998 e 2000: Banda Angelus, organizada por sua saudosa madrinha Irmã Malba, e a Sequaz de Cristo, no momento de auge dos padres cantores. Em 2007 aventurou-se no projeto de uma banda de pop-rock de músicas autorais, a Café Pequeno, com a qual fez alguns shows na noite maceioense e chegou a se apresentar ao vivo em uma rádio da capital.
Em busca de oportunidades, Everton mudou-se para Maceió nos primeiros meses de 2001. Em 2002, Foi aprovado no concorrido processo seletivo seriado – um novo formato de vestibular – para o Curso de Psicologia, na Universidade Federal de Alagoas (UFAL). No ano de 2004, Everton foi aprovado em concurso público da Secretaria de Saúde de Alagoas para o cargo de Auxiliar Administrativo, quando passou a trabalhar no Ambulatorial 24 horas Denilma Bulhões, situado no populoso bairro do Benedito Bentes, em Maceió. Em 2006, no quarto ano da graduação, concluiu a Licenciatura em Psicologia, com um trabalho de conclusão de curso escrito a quatro mãos com a colega Dayse Santos Costa: “O sentido da vida e a escolha de uma profissão”. Dois anos depois, terminou o Bacharelado e a Formação em Psicologia. No mesmo ano, foi aprovado para o Mestrado em Psicologia Clínica, na Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP – em Recife, que terminaria em 2010. Nesse ínterim, chegou a morar na capital pernambucana quase todo o ano de 2008.
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Em 2007, ainda residente em Maceió e então eleitor da capital alagoana, despertou para a militância política. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT/AL) após compor o movimento Saúde em Luta, no qual combateu – junto a outros funcionários públicos da Saúde de Alagoas – as atitudes arbitrárias que marcaram o polêmico início do governo Teo Vilela (PSDB/AL) naquele ano, como o corte abrupto de salários. Em 2008 e 2012 chegou a ter seu nome especulado como possível postulante a um cargo público nas eleições de Colônia, mas desconsiderou essa possibilidade em ambas as ocasiões pela questão do domicílio eleitoral. Somente em 2013, voltaria a ser um eleitor leopoldinense também como um cidadão participante da vida da cidade.
No final do ano de 2009, Everton foi convidado a compor a equipe que fundaria o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS I Leopoldinense – pelo então Secretario de Saúde de Colônia Leopoldina, Carlos Souza, no governo Cássio Alexandre. Em 2010, Everton foi um dos psicólogos de referência do CAPS, onde trabalhou exatamente por um ano, com destaque em sua atuação clínico-social, para qual se utilizou de seu conhecimento do território da cidade e da música. Pediu desligamento do serviço por não concordar com as atitudes da administração municipal, que com a auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) se viu atolado em escândalos sob a suspeita de corrupção e improbidade administrativa.
Sobretudo, foram as várias experiências em sala de aula que marcaram a trajetória profissional do agora professor Everton Calado, seguindo os passos de sua mãe. Entre 2009 e 2010 ensinou na Escola de Enfermagem Santa Juliana e no Centro de Formação de Praças e de Oficiais da Polícia Militar de Alagoas (CFAP e CFO/PM-AL), quando foi contratado pelo Centro Universitário Cesmac para lecionar no Curso de Psicologia da instituição, o maior do estado. Permanece nesta faculdade até hoje como integrante da equipe gestora do curso, além de atualmente estar também fazendo sua segunda passagem como professor temporário pelo Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Alagoas (IP/UFAL), com aulas também nos cursos de Jornalismo e Relações Públicas.
Em 2013, Everton retoma a carreira acadêmica e ingressa no Doutorado em Psicologia Clínica, também na UNICAP, que permanece cursando. No mesmo ano, assume como coordenador do CAPS I Leopoldinense, a convite da prefeita Paula Rocha, em sua primeira experiência de gestão no serviço público e na área de saúde. Apesar de um reconhecido bom trabalho à frente do CAPS, fica no cargo apenas até o mês de agosto, quando disputa e vence as eleições para o Conselho Regional de Psicologia de Alagoas (CRP-15), como parte da chapa Um Conselho para fortalecer a profissão. No CRP-15, ocupou durante dois anos a presidência da Comissão de Orientação e Ética (COE/CRP-15) e chegou a ter uma breve passagem como presidente da autarquia, mas teve de renunciar ao posto em função dos prazos de desincompatibilização da Justiça Eleitoral. A essa altura, em 2016, com domicílio novamente em Colônia, é indicado como um dos pré-candidatos a vereador pelo PT municipal. Ainda no Conselho, atualmente preside a Comissão de Comunicação Social (CCS/CRP-15). A propósito, no ramo da comunicação, já havia informalmente prestado assessoria nas eleições de Colônia Leopoldina em 2012 e recentemente ao governo municipal.
Em janeiro de 2016, assume como membro da ACCL foi empossado como o mais novo acadêmico da ACCL, ocupando a vigésima cadeira, cujo patrono é o grande sociólogo e político brasileiro Florestan Fernandes. Pela Academia, tem trabalhado no livro COLÔNIA LEOPOLDINA – ALAGOAS 65 anos de política partidária dominante (1950 a 2015) (relatos e visões críticas), com os acadêmicos José Francisco de Melo Neto e Sílvio César. Faz parte hoje também da equipe editorial do site Conexão Colônia (www.conexaocolonia.com.br) cujo objetivo é prestar “informação qualificada para gente conectada”.